M4 com luneta não é DMR!
- Gustavo Colussi
- 19 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Nas idas e vindas do airsoft, provavelmente tu já tenhas ouvido alguém proferir o seguinte comentário: M4 com luneta não é DMR!
Pois é amigo, é um pensamento bem comum inserido no meio mais focado em Milsim, que valoriza o "teatro" e o equipamento tanto quanto o jogo. Se tua praia é ForFun, SpeedSoft ou outro gênero que não respeita ou não se baseia na militaria, os próximos parágrafos não foram escritos pra ti, mas podem ser uma leitura válida.
Dando um passinho para fora do airsoft e falando do real deal, o conceito de DM (Designated Marksman) utilizando seu DMR (Designated Marksman Rifle) é proporcionar ao esquadrão um operador com maior alcance e precisão, suprindo a necessidade de disparos a distâncias de 600 metros ou mais. Isso traz uma boa vantagem tática, visto que os rifles de assalto padrão operam efetivamente até distâncias de 200 ou 300 metros.
Esses membros do esquadrão têm funções desde supressão à distância, observação e eliminação de alvos chave nas forças opostas. Tal tarefa exige que além de treinamentos de tiro de precisão e observação, que o operador utilize um armamento que supra a necessidade de maior alcance efetivo.
Sem entrar em muitos detalhes, o mais comum observado é a utilização de mira telescópica, um cano de maior comprimento que o utilizado por rifles de assalto e muitas vezes um bipe. Outro detalhe importante é o uso de uma arma secundária, visto que a DMR seria um "trambolho" difícil de manusear em casos de ambiente confinado.
Como o airsoft MILSIM traz como base a aplicação real, é muito comum que os entusiastas não deixem passar em branco quando sua DMR não estiver nos conformes básicos de caracterização. O Airsoft milsim não é só FPS, não importa se tua M4 tem 448 fps e dispara BBs a 80 metros com precisão. Uma plataforma M4 padrão por exemplo, com cano 14,5" e uma luneta em cima, vai ser sempre uma AEG “assalto” com FPS acima do permitido.

Pode parecer preconceituoso o que foi escrito aqui, mas investir em fardamento real, equipamentos de ponta e levar o "teatrinho" à sério, envolve muita dedicação, estudo e investimento - e é claro que a AEG não fica de fora. Portanto sim, se tu jogas Milsim e quer ter uma DMR, pesquisa, acha um modelo bacana e monta ela de acordo com o uso real, respeitando as características e modelos utilizados.
Depois de achar qual loadout tu vai montar, seja ele de qualquer país, unidade ou época, não esquece de pesquisar quais os armamentos padrão. Compre certo, ajuste o necessário e aprecie teu trabalho bem feito depois da conclusão.
Muito melhor arrancar um elogio de um trabalho bem feito, do que a boa e velha piada: M4 com luneta não é DMR!
A CKL defende bastante a caracterização de uma DMR, assim como todas as demais variáveis do teatro Milsim (armamento, loadout, comportamento, acessórios, etc..). Todo mundo se ajuda, avalia, dá dicas e critica quando necessário. Isso ajuda bastante no crescimento contínuo da equipe, melhoria constante dos equipamentos e padronização dos loadouts.
Este que vos escreve - particularmente - é um dos mais chatos no assunto, e na data deste simplório texto, um dos 2 jogadores da associação com DMR em exercício. A preparação externa da AEG é uma arte, tão importante quanto a farda, os acessórios ou a parte interna da AEG. Abixo deixo mais 2 modelos que eu montei:


Portanto segue a dica do texto do Gabriel, e pesquisa bem antes de investir. Vai te dar uma satisfação enorme depois de finalizar um trabalho bem feito, digo por experiência própria.
Um forte abraço!
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